quarta-feira, 20 de abril de 2016

Antônio Torres: O grande homenageado da FLIM 2016


Nascido no interior da Bahia, o romancista Antônio Torres cedo deixou sua terra natal para ganhar a vida em São Paulo e, mais tarde, no Rio de Janeiro. Não é de admirar que as histórias que conta e seus personagens se equilibrem dramaticamente entre o interior e a cidade grande, entre o rural e o urbano. Sua ficção tem humor, tem dor, tem amor e conflitos familiares; tem morte e tem vida - como na vida de cada um de nós. Por isso, de um jeito ou de outro, todos nos reconhecemos na literatura de Antônio Torres.

Ele estreou em 1972, aos 32 anos, com o romance Um cão uivando para a lua. Um sucesso imediato. Quatro anos depois publicou sua obra-prima: Essa terra. "Quando li Essa terra, toda vez que aparecia a palavra Junco [o povoado do sertão baiano em que o autor nasceu], eu lia Madalena" - espantou-se um madalenense, ao reconhecer nos personagens emoções e pensamentos que lhe são familiares.

Torres e o Rio de Janeiro: paixão e inspiração

Mesmo quem não é ou foi migrante, se reconhece no universo do homenageado da FLIM 2016. Como em toda boa literatura de qualquer época ou lugar, lá estão os desejos, os conflitos, os medos, o sentimento de desamparo e as pequenas alegrias cotidianas que acompanham os seres humanos de todas as épocas e lugares.

Na segunda das duas vertentes em que sua obra se divide, o escritor dá vazão à sua paixão pelo Rio de Janeiro e sua história. Num misto de romance e crônica, o autor nos fala de personagens reais quase esquecidos. Gente como Cunhambebe e Aimberê, heróis indígenas que, no século 16, lutaram para defender suas terras dos invasores portugueses, na região que vai de Angra dos Reis a Cabo Frio. Ou como René Duguay Trouin, o valente e sedutor corsário francês que em 1711 sequestrou nada menos que a inteira cidade do Rio de Janeiro; e só foi embora quando os poderosos do lugar lhe pagaram um vultoso resgate.

Veja aqui a lista dos livros de Antonio Torres

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Encravada na Serra Fluminense, a 230 quilômetros do Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena mantém a arquitetura do tempo dos barões do café, em meio ao verde da Mata Atlântica. Sua combinação de beleza e simplicidade encanta os visitantes.


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Projeto gráfico: AndersonGrafus
Foto da Pedra Dubois: Leandro Almeida